"" Conscientizações e Valores : Crochê a toda hora

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Crochê a toda hora

Não tem lugar certo





Agora eu tenho um passa tempo


Nasci em meio a animais e mato, em uma fazenda pequena, e desde de
pequeno me interessei pelas ovelhas e lã que elas produziam, sempre
achei engraçado o pelo delas. Quando completei a maior idade comecei
a ajudar meu pai no comércio de lã, sempre conseguíamos um bom dinheiro
vendendo pra empresas de cidades grandes e grandes capitais diferente de
onde eu vivo. Minha cidade é pequena e vivia do cultivo de alimentos e carne
bovina, acabava não sendo uma cidade turística.
Até que em um ano, lucramos bem menos do que o esperado, e isso me
deixou com medo de que prejudicasse a gente tanto assim. Nem eu nem
meu pai queríamos ver nossa família em uma situação financeira difícil.
E eu e meu pai não sabíamos o que fazer com tanta lã, até que pesquisei
um pouco e vi uma saída, crochê. Crochê alivia a menopausa
Minha mãe sempre pegava o que sobrava da lã e transformava as linhas de
crochê em casacos, toalhas, gorros e muitas outras coisas. Mas nunca passou
pela minha cabeça usar o crochê como uma alternativa. Na verdade sempre
achei a prática do crochê chato e sem graça, ficava pensando o porquê de

minha mãe gostar tanto disso. Até que conversei com ela sobre isso, e depois
fui fazer uma pesquisa para ver se poderíamos tirar proveito dessa situação.
Depois disso vi ali uma grande oportunidade e então começamos a colocar em prática.





Não preciso me preocupar com presentes para o Natal


Decidimos utilizar a lã para fazermos peças de crochê e vendermos nas lojas
locais. Então fomos atrás dos vendedores das poucas lojas que tem em minha
cidade, conversamos com eles e fizemos uma parceria para que todos ganhassem.
Após isso, fomos atrás de mão de obra para nos ajudar com a confecção das peças.
Com tudo organizado, combinamos de fazemos uma feirinha para atrair clientes,
reunimos o máximo de pessoas da nossa pequena cidade, e começamos a aprender
a fazer artesanato com crochê. De pouco a pouco fomos transformando linhas em
casacos, e luvas, entre outras coisas.
Para atraímos pessoas, distribuímos panfletos em cidades vizinhas, com todo
mundo ajudando ficou fácil.
A medida que fui aprendendo, acabei tomando gosto pela prática do crochê.
Nunca passou pela minha cabeça que um homem como eu pudesse fazer toalhas e
outras coisas, mas fui achando legal e fui pegando mais jeito.
No dia da feirinha montamos barracas na praça e as pessoas vieram,
começaram vindo aos poucos, até que a medida que íamos tendo a feirinha,
a quantidade de pessoas começou a aumentar a um nível que os moradores

começaram a investir em hotéis, pousadas e restaurantes, fazendo a cidade
crescer e atrais mais gente. Confesso que nunca pensei que o crochê fosse
abrir as portas para tantas oportunidades na minha cidade, mas aconteceu.
Hoje a cidade vive e lucra com a produção artesanal principalmente com o crochê.
Temos uma escola de artesanato voltada ao crochê e aulas simples para os turistas,
além de lojas especializadas e venda de materiais.O Crochê mudou minha cidade !


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